ACIDENTE EM MG: VAZAMENTO DE MINÉRIO É CONTROLADO E RISCO DIMINUI PARA CAMPOS E REGIÃO
O vazamento de minério de ferro de um duto da empresa Samarco Mineradora, em Espera Feliz, Zona da Mata de Minas, que assustou nesta segunda-feira(26) várias cidades nos Estados do Rio de Janeiro e Minas e Minas Gerais, inclusive distritos de Campos, está controlado, segundo autoridades ambientais que monitoram os rios atingidos: São Sebastião, São João e Caparaó. A água do rio São Sebastião está vermelha, houve mortandade de peixes, mas a secretaria municipal de Meio Ambiente de Espera Feliz informa que será normalizado o abastecimento de água na cidade nas próximas horas.
As atividades do mineroduto que transporta o minério das cidades de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, até o porto de Ubú, em Anchieta, Espírito Santo, estão paralisadas. Uma equipe de policiais da Divisão Ambiental de Minas chegou nesta manhã ao município para acompanhar o caso. Os secretários de Defesa Civil e Meio Ambiente da Prefeitura de Campos, Marco Soares e Humberto Nobre, repectivamente, estão na região mineira onde ocorreu o acidente e acompanham os trabalhos das autoridades ambientais, a fim de tentar identificar a quantidade de resíduos que o Rio Itabapoana receberá e se haverá necessidade de interrupção do abastacimento de aguá para as comunidades dos distritos de Santa Maria e Santo Eduardo.
ENTENDA O CASO
por Fabiano Venancio/ campos 24 horas
Um vazamento de polpa de minério da empresa de Mineração Samarco, no município de Espera Feliz, Zona da Mata de Minas Gerais, na madrugada deste domingo(25), preocupa a Defesa Civil no Estado do Rio de Janeiro e pode causar suspensão no fornecimento de água em dois distritos da região norte de Campos, no município de São Francisco de Itabapoana e em cidades do Noroeste Fluminense. O vazamento foi provocado por um furo no duto da mineradora, lançando o produto no Rio São Sebastião, que desemboca no Rio Itabapoana. Ainda não se sabe a quantidade que foi lançada. Os rios São João e Caparaó, também na Zona da Mata, foram afetados.
Uma equipe da Defesa Civil Estadual, comandada pelo coronel Moacir Pires, está na cidade mineira para fazer uma primeira avaliação com autoridades ambientais do Estado dos danos causados, da dimensão do vazamento e para saber se ele pode ser contido antes de chegar ao Estado do Rio. O vazamento da polpa de minério de ferro já causou a mortandade de muitos peixes e produtores rurais receberam orientação para não deixeram os animais beberam nos rios.
Nahim determina prontidão da Defesa Civil
O prefeito de Campos, Nelson Nahim, determinou neste domingo (25) que a Defesa Civil Municipal fique de prontidão e tome medidas preventivas, caso haja necessidade da suspensão no abastecimento de água nos distritos de Santa Maria e Santo Eduardo. O secretário municipal de Defesa Civil, Marco Soares, reúne-se com o secretário municipal de Meio Ambiente, Humberto Nobre, na manhã desta segunda-feira (26), para fazer uma avaliação e em seguida emitir nota oficial sobre o caso. “Se for necessário, daremos início às ações de emergência, a fim de que Santa Maria e Santo Eduardo não fiquem sem água. Recebemos uma determinação do prefeito Nahim no sentido de monitorar o caso e tomar todas as providências”, disse Marco Soares.
Posição de Águas do Paraíba
O assessor de imprensa da concessionária Águas do Paraíba, Adelfran Lacerda, disse no final da noite de domingo (25) ao Campos 24 Horas que as primeiras informações são de que a contaminação foi por produtos não-tóxicos, razão pela qual não haverá necessidade de uma ação para contenção no Rio Itabapoana.
“Mesmo assim, se houver a necessidade da suspensão no abastecimento em Santa Maria e Santo Eduardo, seria dentro de 72 horas e não haveria transtornos para a população, já que o abastecimento seria feito em carro-pipa. Estamos tranqüilos”, afirmou Lacerda.
Marco Soares, confirmou o acidente em conversa telefônica com o secretário de Meio Ambiente de Espera Feliz. O secretário mineiro adiantou que o vazamento foi provocado pelo deslocamento da barragem da Mineradora Samarco.
A equipe do Campos 24 Horas acompanha o caso e divulga a qualquer momento outras informações
Em março de 2006, vazamento atingiu o Rio
Resíduos usados na limpeza de um tipo de minério, a bauxita, vazaram em março de 2006 em uma empresa de Minas Gerais, atingiu o estado do Rio de Janeiro em março de 2006. Quatrocentos milhões de litros chegaram a um afluente do rio Paraíba do Sul.
A empresa de mineração faz parte do grupo Cataguazes, mesmo nome de outra firma, a Cataguazes Celulose, que causou um dos maiores acidentes ambientais do país, em março de 2003, quando quatro municípios da região ficaram sem água. Na época, 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos vazaram. Os donos da empresa foram presos e condenados ao pagamento de altas multas.
Atividades poluidoras
Os rios que cortam a região apresentam teores elevados de metais pesados, como chumbo e zinco, que são tóxicos, por causa da prática de atividades de empresas de beneficiamento e fundição de minérios de chumbo e prata. Além dos resíduos de mineração, elas também lançam, há aproximadamente 40 anos nos rios, resíduos da metalurgia.
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Reforma al Código Forestal de Brasil, es aprobada y provoca protestas de ambientalistas
07-07-10 Por Tatiana Félix con Ecoportal
El Proyecto de Ley 1876/99, que propone la reforma del Código Forestal, fue votado esta tarde en la Cámara de Diputados, en Brasilia, Distrito Federal. Por 13 votos a 5, el texto principal del substitutivo del diputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) fue aprobado. Mientras el gobierno y los ruralistas celebraban, activistas y militantes ambientalistas protestaban alegando retroceso. Con la aprobación, la Comisión Especial, que ha analizado la reforma de la legislación ambiental, comenzó a votar los destaques.
Ante la marcha del proceso en el Plenario 2 del Congreso, la ONG Greenpeace pidió el rechazo del informe, alegando que la propuesta “mata las florestas”. Para el director de Asuntos Parlamentarios del Instituto “El Derecho por un Planeta Verde”, André Lima, la aprobación de la reforma significa “un retroceso histórico en la política ambiental de Brasil”.
Dijo que la reforma anula conquistas y reduce las Áreas de Preservación Permanente (APPs), por ejemplo, la de los ríos a 15 metros. “Las medidas demuestran que estamos andando hacia atrás”. Los ambientalistas critican que en vez de defenderse el desarrollo sustentable, el proyecto beneficia al agronegocio, a ruralistas y latifundistas, o sea, a los que detentan mayor poder económico de influencia.
En reciente entrevista con ADITAL, Luiz Zarref, ingeniero forestal y militante de Vía Campesina, explicó que las reservas legales necesitan ser recompuestas en forma productiva, sea en áreas grandes o pequeñas. En la ocasión, el ingeniero clasificó de “error gravísimo” la reducción de Áreas de Preservación Permanente en regiones como cimas de morros, por ejemplo, ya que las APPs son importantes para la prevención de varios desastres naturales. “Los deslizamientos, por ejemplo, tienen relación con el retiro de la floresta”, explicó.
Los activistas prepararan un acto para mañana, frente al Congreso Nacional, a partir de las 8h, donde se realizará el “velorio y el entierro del Código Forestal”. “Será un movimiento espontáneo, con estudiantes y organizaciones de la sociedad civil para crear un efecto simbólico y mostrar que estamos en contra de la reforma”, dijo André.
Dijo también creer que las manifestaciones pueden revertir la “situación creada artificialmente, por la omisión del Gobierno Federal”, ya que, según él, diputados que estaban en contra de la reforma no participaron en la votación. “Muchos no compartieron este pensamiento retrógrado. Fue una mayoría creada artificialmente”, resaltó.
Resultado de la votación de hoy
Votos favorables a las reformas ruralistas:
Anselmo de Jesus (PT-RO)
Homero Pereira (PR-MT)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Moacir Micheletto (PMDB-PR)
Paulo Piau (PPS-MG)
Valdir Colatto (PMDB-SC)
Hernandes Amorim (PTB-RO)
Marcos Montes (DEM-MG)
Moreira Mendes (PPS-RO)
Duarte Nogueira (PSDB-SP)
Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Reinhold Stephanes (PMDB-PR)
Eduardo Seabra (PTB-AP)
Votos contrarios a las reformas ruralistas:
Dr. Rosinha (PT-PR)
Ricardo Tripoli (PSDB-SP)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Sarney Filho (PV-MA)
Ivan Valente (PSOL-SP) www.ecoportal.net
Traducción: Daniel Barrantes
Adital
www.adital.com.br
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Um dos problemas que a cultura da cana-de-açúcar traz é a poluição causada pelos elementos suspensos despejados no meio ambiente com a queima da palha para possibilitar o corte.
Na década de oitenta o governador Mario Covas, por lei estadual, proibiu as queimadas no Estado de São Paulo, mas como tudo o que se refere à produção de açúcar e álcool tem conotação política, essa lei teve sua vigência prorrogada e talvez entre em pleno vigor apenas em 2.017.
Isto talvez, pois tal já teve tantos adiamentos, que a entrada em vigor da proibição da queima da cana é sempre uma incógnita.
Se acontecer, até 2.017 teremos que conviver com o carvãozinho que entope nossos pulmões e que fazem de Paraguaçu Paulista campo fértil para as doenças das vias respiratórias.
Não temos as estatísticas de internamento e tratamento, com tal finalidade no único hospital da cidade, mas o número de farmácias por habitante é sintomático. A proporção é de um estabelecimento para cada quatrocentos e trinta habitantes, o que não deixa de ser alarmante.
Na década de oitenta o governador Mario Covas, por lei estadual, proibiu as queimadas no Estado de São Paulo, mas como tudo o que se refere à produção de açúcar e álcool tem conotação política, essa lei teve sua vigência prorrogada e talvez entre em pleno vigor apenas em 2.017.
Isto talvez, pois tal já teve tantos adiamentos, que a entrada em vigor da proibição da queima da cana é sempre uma incógnita.
Se acontecer, até 2.017 teremos que conviver com o carvãozinho que entope nossos pulmões e que fazem de Paraguaçu Paulista campo fértil para as doenças das vias respiratórias.
Não temos as estatísticas de internamento e tratamento, com tal finalidade no único hospital da cidade, mas o número de farmácias por habitante é sintomático. A proporção é de um estabelecimento para cada quatrocentos e trinta habitantes, o que não deixa de ser alarmante.
Por ser uma cidade que não tem estabelecimentos industriais de vulto, à exceção de uma pequena indústria que produz óleo comestível em estado bruto e que por sinal lança no meio ambiente uma carga de partículas pesadas, porém bem menor que a da queima da cana, causada pela ausência de tratamento da fumaça que produz, assim deve-se debitar à queima da cana, a mais importante razão para o consumo exagerado de medicamentos.
Segundo José Eduardo Delfini Cançado, pesquisador da USP, na época da safra de cana a incidência de doenças respiratórias aumenta vinte por cento em relação à entre-safra. A conseqüência disso é que os gastos do Governo com saúde pública aumentam na mesma proporção.
O pesquisador também cita estudos que mostram que a queima da palha da cana é mais nociva que a queima de derivados de petróleo.
De acordo com levantamento, a poluição de automóveis e da indústria representam apenas 25% dos poluentes na atmosfera na região de Piracicaba (SP). Na época da safra, o principal poluente é a fuligem da queima da cana.
“Em Piracicaba e em Araraquara (273 km de São Paulo), onde temos desenvolvido outros estudos, a queima da cana causa efeitos um pouco piores que a poluição da cidade de São Paulo. Está mais do que claro que trata-se de um problema de saúde pública e tem que ser mudado”, diz Delfini.
Os dados do pesquisador referem-se a estudos feitos nas cidades de Araraquara e Piracicaba, que não devem diferençar muito de Paraguaçu Paulista e de outras cidades do interior paulista, responsável por cerca de setenta e cinco por cento da cana plantada no Brasil.
Em sua defesa os canavieiros alegam, que o uso exclusivo de máquinas na colheita da cana iria gerar desemprego. Isto, é uma verdade parcial, pois a lei estadual teria condições de forçar os usineiros a buscar uma solução, seja capacitando a mão-de-obra para outras atividades, seja buscando alternativas para uma produção agrícola sustentável, que não a cana de açúcar.
Quem usufrui o bônus, deve suportar o ônus como rezam as boas práticas econômicas equitativas, onde meio ambiente saudável é direito de todos e o dever de preservá-lo, também. No meio ambiente, o homem que dele faz parte, tem papel preponderante. Preservar a vida e a saúde do ser humano e dar-lhe melhores condições de vida é obrigação de todos, mas principalmente do Estado.
Como o ar que respiramos e a água que bebemos são essenciais para a preservação da vida e da saúde, cabe ao Estado agir no interesse comum em detrimento do particular, que tem que submeter-se às normas que impedem a exploração de atividades prejudiciais a todos, ainda que economicamente importantes e a queima de cana é uma delas.
Luiz Bosco Sardinha Machado
PARAGUAÇU PAULISTA (SP) SOB RISCO DE COLAPSO NO ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Fotos cedidas para este blog pelo
Dr. Lucas Tranquilino Romeiro
Paraguaçu Paulista, uma das cinco mil e tantas cidades deste Brasil, há cerca de quarenta anos atrás via pulular pelas suas ruas centenas de pessoas atraídas pela policultura do café, do algodão, milho e muitas outras, que faziam a riqueza de muitos.
A Estrada de Ferro Sorocabana deixava na estação de Paraguaçu uma legião, que estampava nas faces a ansiedade e a expectativa de poder tirar da terra o “ouro verde”, sinônimo de riqueza; e a exemplo de Londrina no Norte pioneiro paranaense, tornar-se uma grande cidade, cheia de oportunidades para seus filhos.
Segundo José Eduardo Delfini Cançado, pesquisador da USP, na época da safra de cana a incidência de doenças respiratórias aumenta vinte por cento em relação à entre-safra. A conseqüência disso é que os gastos do Governo com saúde pública aumentam na mesma proporção.
De acordo com levantamento, a poluição de automóveis e da indústria representam apenas 25% dos poluentes na atmosfera na região de Piracicaba (SP). Na época da safra, o principal poluente é a fuligem da queima da cana.
“Em Piracicaba e em Araraquara (273 km de São Paulo), onde temos desenvolvido outros estudos, a queima da cana causa efeitos um pouco piores que a poluição da cidade de São Paulo. Está mais do que claro que trata-se de um problema de saúde pública e tem que ser mudado”, diz Delfini.
Os dados do pesquisador referem-se a estudos feitos nas cidades de Araraquara e Piracicaba, que não devem diferençar muito de Paraguaçu Paulista e de outras cidades do interior paulista, responsável por cerca de setenta e cinco por cento da cana plantada no Brasil.
Quem usufrui o bônus, deve suportar o ônus como rezam as boas práticas econômicas equitativas, onde meio ambiente saudável é direito de todos e o dever de preservá-lo, também. No meio ambiente, o homem que dele faz parte, tem papel preponderante. Preservar a vida e a saúde do ser humano e dar-lhe melhores condições de vida é obrigação de todos, mas principalmente do Estado.
Como o ar que respiramos e a água que bebemos são essenciais para a preservação da vida e da saúde, cabe ao Estado agir no interesse comum em detrimento do particular, que tem que submeter-se às normas que impedem a exploração de atividades prejudiciais a todos, ainda que economicamente importantes e a queima de cana é uma delas.
Luiz Bosco Sardinha Machado